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Demorei um pouco a falar sobre esse assunto, correndo o risco de que ele virasse notícia velha, porém valeu a pena. O desdobrar do caso foi interessante. Tenho acompanhado de perto, a merda que o digníssimo deputado pelo estado do Paraná Fernando Carli Filho (PSB) fez na noite do dia 7 de maio, quando, em altíssima velocidade matou 2 jovens em um cruzamento. Ontem assisti uma reportagem sobre o assunto onde a própria mãe do deputado, em depoimento emocionado, se pergunta: “Onde nós erramos” Veja bem leitor, quando uma mãe admite os erros do filho, o negócio tá feio, o bicho ta pegando. Mãe não fala mal de filho, mãe defende filho, você pode ser traficante, assassino, estuprador, petista… O que for… Sua mãe pode até não te defender, mas também não vai falar mal. Vamos considerar algumas coisas:

  • O deputado MATOU 2 pessoas. Isso é indiscutível.
  • A carteira do deputado tinha 30 multas, 23 por excesso de velocidade.
  • A carteira do deputado estava CASSADA.
  • O deputado se achava acima da lei. E teve provas disso quando o delegado do caso tentou “dificultar” a investigação.
  • O deputado estava a mais ou menos 150 km por hora (essa velocidade em uma via expressa já é absurda. Imagine dentro da cidade).
  • O deputado não vai morrer, esta se recuperando do trauma. (Teve que reconstituir os ossos da fuça face). Portanto cairá sobre ele a justiçados homens. (Até parece?!?!).
  • Apesar do esforço da polícia do Paraná de tentar encobrir evidências, pois é fato que o deputado estava embriagado, um médico ou enfermeiro (whatever) do Samu colocou no boletim de atendimento que Fernando Carli apresentava hálito etílico. Alias, o médico (ou enfermeiro) fez a coisa certa, mas não pode mostrar a cara na entrevista que deu, com medo de represalias. Se não me engano parece que o exame de sangue das vitimas foi feito quase que no local, o do deputado demorou cerca de nove dias para ser feito, e só com o pedido da justiça. O que você deduz disso??? Uma bunda lava a outra. Claro!
  • A mãe do deputado admitiu que ele era um playboyzinho metido a besta uma pessoa difícil.

Agora vem a melhor parte da história. Pela primeira vez nesse país um deputado corre grande risco de ir para a cadeia. Então você pensa. “Acabou a impunidade! Viva!” Porra nenhuma! Parece que o avó de uma das vitimas foi desembargador do estado e mãe de uma das vitimas conhece o governador. Só assim mesmo. Tem que conhecer alguém, que conhece alguém, que vai fazer pressão em alguém pra que o deputado seja cassado. Mesmo assim, baseado nos últimos acontecimentos, aposto que tem 30% de chance de não acontecer nada. Se a família da vitima não conhecesse ninguém esse numero subiria para 98,99%